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O poeta da Lagoa: Juca da Angélica morre aos 98 anos

Juca da Angélica, um dos mais importantes criadores populares de Minas Gerais

por Weslley Raphael
26/09/2016 - 16h27

O poeta popular José Joaquim de Souza, o Juca da Angélica, mineiro de Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, nasceu em 7 de junho de 1918, quando “a Lagoa”, ainda era distrito de Patos de Minas. Ele começou a ficar conhecido regionalmente a partir de 2000, época em que foi convidado pela artista plástica e agente cultural Marialda de Amorim Coury Martins para apresentar seu trabalho em uma exposição em Patos. Acompanhado pela dupla Chiquito e Rubão, Juca da Angélica arrasou. 

O mesmo faleceu e foi sepultado neste domingo, 25 de setembro, aos 98 anos de idade. O Juca foi um poeta da roça que foi criticado por sê-lo. Seus versos foram feitos todos de memória. Ele tinha uma memória prodigiosa. Como poeta, misturava tudo e pegava toda a tradição a que teve acesso, no meio caipira de onde se originou. Leu apenas dois poetas na vida, Casimiro de Abreu e Castro Alves, e sofreu muita influência do rádio e da música caipira. Também foi  ótimo contador de causos e sanfoneiro.

Com a idade avançada, infelizmente estava surdo, quase não escutava mais. Era uma pessoa inquieta, brincalhona e adorava conversar. Em 2001, depois de muita luta, conseguiu lançar, mesmo precariamente, o livro Meu canto é saudade, no qual pôde ser conhecida, se não toda, pelo menos parte significativa da obra do autor, que para muitos estavam à altura dos melhores poetas populares do país. 

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