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Recém-nascida apresenta doença rara e João Pinheiro se mobiliza para salvar criança

Após intenso trabalho de várias instâncias, Vitória Sofia foi levada no avião da PM até a Santa Casa de BH

por Weslley Raphael
12/02/2018 - 12h47

Vitória. Esse é o sentimento após um caso extremamente raro que mobilizou todo o Estado de Minas Gerais neste Carnaval. É também o primeiro nome da bebê de Bonfinópolis, que nasceu em uma ambulância a caminho de João Pinheiro e que foi salva por médicos, policiais militares, bombeiros, prefeito, deputado e todos os envolvidos nesse episódio que demonstrou união e comprometimento em prol de uma vida.

A ideia era que o nascimento ocorresse em outra cidade. Mas quis o destino que a ambulância a trouxesse para João Pinheiro. No caminho, o nascimento. E um problema. Ela apresentou um caso extremamente raro de fetus in fetos, em que parte de um feto malformado se apresenta colado ao corpo do bebê. Situações assim necessitam de cirurgia urgente, para que se garanta a sobrevivência do bebê que nasceu vivo. A partir daí, ocorreu uma mobilização enorme na cidade para salvar Vitoria Sofia, que até então se chamava apenas Sofia.

“Os médicos do Hospital Municipal me ligaram para conhecer o caso e eles disseram que não daria para levar nas ambulâncias, porque era um caso muito diferente. Então começamos contato com deputado Tenente Lúcio, também com os bombeiros de Paracatu e de Patos que tentaram nos ajudar. E quando viu que não conseguíamos aqui, fomos falar com Belo Horizonte, com o governo do Estado, comando geral da Polícia Militar e dos Bombeiros”, disse o prefeito Edinho.

Após essa mobilização foi possível realizar o traslado às 16h deste domingo (11), com a vinda do avião Pegasus, da Polícia Militar, para leva-la até a Santa Casa da capital mineira. “Após o contato de Belo Horizonte, realizamos contatos com a médica e com prefeito para articular a chegada da aeronave no aeroporto e levar a criança ao local” explicou o capitão Renato, da PM de João Pinheiro.

O Major Marisguia, do Corpo de Bombeiros de Patos de Minas, saudou todo o empenho e integração mostrado entre as forças policiais e as diversas entidades envolvidas no episódio, tornando possível um desfecho positivo. Ele lembrou também que ocorreram alguns problemas, pois a remoção estava prevista antes, mas ocorrências surgidas por conta do Carnaval impediram o envio da aeronave.

“Assim que chegou solicitação, a gente procurou sensibilizar todos e conseguir o transporte. Ontem (sábado) conseguimos, mas houve algumas intercorrências e as aeronaves foram usadas para outros atendimentos, mas a integração foi primordial para que tudo desse certo”, afirmou.

Enquanto o transporte não vinha, o atendimento ocorrido no Hospital Municipal foi determinante para manter Vitória Sofia estável. “É muito gratificante empenho da equipe desde o início do recebimento do recém-nascido, por volta de 11h30min da manhã de sábado. É um caso muito raro, colegas nossos obstetras nos ajudaram no diagnóstico, que chama fetus in fetos, um caso raro que precisa muito da cirurgia de urgência”, contou a Dra. Naiani.

“Temos que agradecer muitas pessoas que se empenharam em salvar a pequena Vitória Sofia. O deputado Tenente Lúcio virou a madrugada com o prefeito Edinho mobilizando a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, todo mundo que ele tinha contato para conseguir a vaga na UTI em Belo Horizonte e a aeronave para transportá-la. Temos que parabenizar a equipe médica, Dra. Naiani, Dr. Lucas, equipe de enfermagem e de técnicos que deram suporte para que a criança resistisse à transferência num quadro clínico estável. E também ao prefeito Edinho que abraçou para si a causa e ajudou muito”, destacou Erivelton, diretor do Hospital Municipal de João Pinheiro.

Toda essa mobilização que resultou no salvamento da bebê fez com que Sofia se transformasse em Vitória Sofia, um símbolo dessa união em prol de uma vida.

“No início o nome dela era Sofia. Ela nasceu dentro da ambulância e a enfermeira Lilia e Dra. Soraia fizeram o parto normal dentro da ambulância. Chegando em João Pinheiro fomos bem acolhidos pela equipe do hospital. E foi daí que veio Vitória, de tão especial que ela é, só por Deus mesmo. Eu só tenho a agradecer. Primeiramente a Deus que colocou a Vitória nas mãos das pessoas certas, na cidade certa, porque até então íamos para outra cidade. Mas se veio para João Pinheiro foi Deus. E eu só tenho a agradecer, porque o tratamento foi de primeiro mundo”, disse Eliete, avó da Vitória Sofia.

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Autor: Nikolas Pimentel.

Fonte: : JP Agora.

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