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Homem é indiciado por espancar cão da raça pinscher em João Pinheiro, e namorada responde por omissão

O filho da investigada, de 10 anos, foi o primeiro a notar os sinais de maus-tratos, o que o levou a pedir para morar com o pai

por Weslley Raphael
21/09/2024 - 14h40

Homem é indiciado por espancar cão da raça pinscher em João Pinheiro, e namorada responde por omissão

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investigação sobre um caso de maus-tratos a animais em João Pinheiro, região Noroeste do estado, indiciando um homem de 24 anos por espancar violentamente um cachorro da raça pinscher. A namorada do suspeito, de 38 anos, que filmou as agressões mas não acionou as autoridades, também foi indiciada por omissão.

Segundo as investigações, o crime ocorreu no dia 6 de setembro. O suspeito agrediu o cão com tapas na cabeça e no focinho, torceu seu pescoço, e chegou a golpeá-lo com um celular 22 vezes seguidas. Ele também levantou o cachorro bruscamente pela orelha e jogou-o contra a parede. As agressões foram intercaladas com pausas, sendo retomadas diversas vezes.

A namorada filmou as agressões e, posteriormente, expulsou o suspeito de sua casa. O vídeo foi compartilhado com outras pessoas e, assim, chegou ao conhecimento da polícia. Em 9 de setembro, o cão foi resgatado em estado grave pela Polícia Militar Ambiental.

Durante a investigação, a PCMG descobriu que o casal mantinha um relacionamento há cerca de seis meses, e o homem era presença constante na casa da mulher. O filho da investigada, de 10 anos, foi o primeiro a notar os sinais de maus-tratos, o que o levou a pedir para morar com o pai.

Ao ser interrogada, a mulher alegou que inicialmente não acreditou nas suspeitas do filho, mas notou que o comportamento do cão havia mudado. O animal apresentava dificuldade de locomoção, sangramento bucal e perda de apetite. No dia 6 de setembro, ao ouvir latidos, a mulher escondeu o celular para filmar as agressões, mas saiu de casa sem tomar providências imediatas.

De acordo com o delegado Danniel Pedro Lima de Araújo da Conceição, as filmagens registraram cenas de extrema crueldade, e a omissão da investigada contribuiu para o prolongamento dos maus-tratos. O inquérito foi encaminhado à Justiça para as devidas providências.

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