Durante o procedimento de retorno dos presos às celas, após a realização de audiências por videoconferência, o agente penitenciário percebeu uma movimentação atípica no bloco e acionou imediatamente o chefe da equipe para prestar apoio. Ao chegarem à galeria, os agentes encontraram um detento caído no chão em estado crítico. Ele apresentava cortes profundos no braço, um supercílio gravemente ferido, com forte sangramento, além de diversas contusões visíveis no rosto e nas mãos.

O preso foi retirado com urgência do ambiente e levado para a enfermaria do presídio, onde recebeu os primeiros socorros. A avaliação médica preliminar indicou a necessidade de uma transferência imediata para a Santa Casa de Misericórdia. Na unidade hospitalar, o paciente foi submetido a suturas no supercílio e exames revelaram um sangramento interno na região craniana, o que demandou sua internação para observação contínua e cuidados intensivos.

Testemunhas relataram que a agressão partiu dos ocupantes da cela dois. A vítima teria sido chamada até as proximidades das grades e, sem aviso, foi agarrada com violência e agredida brutalmente com socos e puxões contra as barras. Um preso de 27 anos assumiu ser o responsável pela ação, justificando-se ao afirmar que a vítima seria integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e teria cometido atos contra membros do Comando Vermelho (CV), facção que domina aquela área da penitenciária.

O episódio provocou ainda mais instabilidade no bloco, já que outros detentos começaram a ameaçar uma rebelião caso a vítima e um outro preso recentemente transferido não fossem removidos da galeria. A vítima também relatou que o agressor tentou atingi-la com um instrumento perfurante improvisado, conhecido como sucho, embora o objeto não tenha sido encontrado durante as revistas realizadas posteriormente pelos agentes.

A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio, e a vítima expressou a intenção de formalizar denúncia contra o agressor. O incidente evidenciou as tensões crescentes entre grupos criminosos rivais e exigiu uma resposta imediata da equipe penitenciária para conter novos episódios de violência. A administração prisional informou que medidas rigorosas já estão sendo aplicadas, como o isolamento dos envolvidos e a notificação do ocorrido às autoridades competentes, que darão sequência à investigação e aplicação das penalidades cabíveis.

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