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Vacinação contra a dengue em Patos de Minas alerta para baixa adesão

Ministério da Saúde destaca importância de completar o esquema vacinal com as duas doses do imunizante QDenga.

por Weslley Raphael
09/01/2025 - 11h55

Vacinação contra a dengue em Patos de Minas alerta para baixa adesão

A cobertura vacinal contra a dengue entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em Patos de Minas está muito abaixo da meta estipulada, segundo dados da Vigilância Epidemiológica. Apenas 847 jovens completaram o esquema com as duas doses do imunizante QDenga, das cerca de 8 mil pessoas esperadas para vacinação. Além disso, 845 crianças e adolescentes receberam a primeira dose, mas ainda não voltaram para a segunda aplicação, necessária após três meses para garantir a proteção completa.

A situação preocupa especialmente porque os casos de dengue costumam aumentar entre os meses de janeiro e maio, como alerta Vanessa Machado, enfermeira da Vigilância Epidemiológica. “É fundamental que os pais assumam a responsabilidade de levar seus filhos para completar o esquema vacinal. A vacina é segura e protege contra os quatro sorotipos da dengue, algo essencial para evitar surtos graves como o enfrentado no ano passado, que resultou em seis óbitos no município”, afirmou.

A vacina contra a dengue está disponível gratuitamente nas 21 unidades de saúde urbana de Patos de Minas, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Na área rural, a aplicação ocorre conforme o cronograma mensal já conhecido pelas comunidades locais.

O cenário torna-se ainda mais preocupante com a possibilidade de aumento nos casos de dengue em 2025, impulsionados pela continuidade do fenômeno climático El Niño. Esse evento cria condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

De acordo com uma nota técnica recente do Ministério da Saúde, o sorotipo 3 do vírus dengue, que não circulava de forma significativa no Brasil desde 2008, voltou a ser identificado em estados como Minas Gerais. A população com pouca imunidade a esse tipo específico do vírus pode enfrentar surtos mais graves. Atualmente, os sorotipos predominantes no país são o 1 (73,4%) e o 2 (25,9%).

A vacinação e o controle de criadouros do mosquito são as principais estratégias para proteger a população contra os riscos de uma epidemia.

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