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Médica da UFU presa por sequestro de recém-nascida em Uberlândia

Claudia Soares Alves detida em Itumbiara por sequestro qualificado

por Weslley Raphael
26/07/2024 - 11h06

Médica da UFU presa por sequestro de recém-nascida em Uberlândia

Claudia Soares Alves, uma médica e docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi presa por sequestrar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da UFU (HC-UFU). A prisão ocorreu em Itumbiara, Goiás. Claudia, que está há cerca de três meses vinculada à Famed e ao HC, é formada em medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e possui especialização em neurologia e clínica médica.

O sequestro aconteceu na noite de terça-feira (23), quando Claudia, disfarçada de profissional de saúde, entrou no hospital usando uniforme, luvas, máscara e um crachá da UFU. Ela se apresentou ao pai da recém-nascida como pediatra e retirou o bebê do quarto, alegando que iria alimentá-lo. Posteriormente, ela saiu do hospital e seguiu em direção ao seu carro com a criança.

A polícia confirmou que Claudia está registrada no Conselho Federal de Medicina, nas especialidades de neurologia e clínica médica. Ela foi presa em Itumbiara, a 134 quilômetros de Uberlândia, e a recém-nascida foi encontrada em boas condições de saúde e já está com sua mãe.

De acordo com o delegado Carlos Antônio Fernandes, Claudia alegou ter entrado em surto psicótico após tomar medicação. A defesa, representada pelo advogado Vladimir Rezende, afirmou que a médica estava sob tratamento psiquiátrico há meses devido à morte de sua mãe. Claudia teria alterado a medicação recentemente por causa de uma suposta gravidez, o que teria desencadeado o surto.

O delegado-chefe da Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito, destacou que a prioridade inicial era recuperar o bebê. Agora, a investigação se concentrará em entender todas as circunstâncias que levaram ao crime. A Polícia Civil de Minas Gerais trabalhará em conjunto com a Polícia Civil de Goiás para esclarecer os motivos por trás do sequestro.

Claudia já estava sob investigação por envolvimento na morte de uma farmacêutica em Uberlândia, em 2020. Esse histórico pode influenciar a continuidade das investigações sobre o recente sequestro. Ela está presa preventivamente na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, em Goiás, e deve responder pelo crime de sequestro qualificado, que pode resultar em uma pena de até 8 anos de prisão.

Édson Ferreira, pai da recém-nascida, descreveu como Claudia, disfarçada de pediatra, se apresentou e manipulou a situação para sequestrar sua filha. Ele relatou que a médica verificou os seios de sua esposa, alegando que iria alimentar a bebê, mas nunca retornou. A rápida articulação de Claudia e sua capacidade de se passar por uma profissional de saúde legítima complicaram a situação.

A polícia continua trabalhando para esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que a justiça seja feita. A recuperação segura da recém-nascida trouxe alívio, mas o foco agora está em entender os motivos e prevenir futuros incidentes semelhantes.

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